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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Apenas ,

Se tento, eu não consigo.
Cada vez que fujo, só acabo estando mais perto.
Se tento esquecer-te, acabo te encontrando em outro olhar;
E por que?
Por que teu rosto invade meus pensamentos?
Por que teu sorriso me traz a memória o que passamos juntos?
Por que te sinto aqui?
Ou talvez, eu não te sinta.
São apenas reações.


Eu até penso se teu coração me chama,
E devido a isso o meu estaria tentando responder ..
São apenas suposições.
É ruim te perder de vista te amando,
E quando tento te esquecer, retorno ao mesmo lugar...
A mesma posição de escolha: por onde ir?

Onde estão as respostas?
Será que eu as encontrarei?
Ou talvez elas estejam diante de meus olhos, ...
São apenas invisíveis.

Sentimentos que vêm e que vão..
Que tomam seus cursos, que nos invadem,
Nos consomem.
Onde encontrá-los? Onde desistir deles?
Como persegui-los?
São apenas questionamentos,

Apenas.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vem sentar-te comigo, amor, à beira do rio

Vem sentar-te comigo, amor, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois, pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer nos alegremos, quer não nos alegremos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada teria que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no colo.

Fernando Pessoa (como Ricardo Reis)
Adaptado do original vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Uma flor .

"As vezes tinha que pensar que realmente ela iria embora a qualquer momento.
Estava diante dos meus olhos,
e eu não enxerguei .

Levei a flor, o cartão ...
Mas ela não estava mais lá para recebê-los.
Ela se foi.

Agora em minhas mãos restava apenas a flor. O cartão havia caído no quarto..
Aquela rosa tão vermelha e atraente.. que trazia o destaque para suas lindas pétalas,

Restou-se uma flor. um sentimento.
um lamento.
saudade."

mauricio maia .

segunda-feira, 14 de junho de 2010

1 minuto .

Não preciso dizer mais.. Todos ja podem ver. Sinto sua falta e isso é real.
Fico preso a sua voz que ecoa em minha mente, toda vez que viajo em seu rosto tão perfeito.
Saudade.


E hoje, eu precisava ouvir sua voz. Pelo menos um "eu te amo" ou um "sinto sua falta".. apenas ouvir a voz.


Liguei, não atendeu.
Perseverei, liguei de novo. E quando minhas esperanças tenderam a acabar, eu escuto um "alô" .. Como foi bom aquele minuto.


E literalmente foi apenas 1 minuto, o tempo que tive para dizer (ou pelo menos tentar) o quanto você é especial pra mim e o quanto preciso de você. E foi especial ouvir as palavras deslizando pela sua boca.. "também estou com muita saudade" ..
Foi e é muito pouco pra satisfazer essa falta. Mas simplesmente fiquei feliz por mais uma vez descobrir que te amo.


mauricio maia.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Saudade.


Sim,
Quando menos espero, sinto tua falta.
As vezes fico olhando assim o nada ...
E parece que me recordo de cada momento, de cada segundo que vivi com a beleza de teu sorriso.

Não me culpo por isso. Muito menos atribuo a culpa a ti. A vida tantas vezes tenta nos ensinar algumas lições, que por muitas vezes não conseguimos compreender. Isso é fato.

Mas continuamos seguindo-a. Mesmo com tantos os momentos que temos que parar e refletir. Olhar a perfeição da natureza, das gotas da chuva que escorrem pelo nosso rosto e se misturam às nossas lágrimas. Ver o sutil movimento das nuvens, o brilho da lua, o mar.

Preciso ouvir tua voz, parar o tempo e te ver sorrindo. 

Apenas saudade.

domingo, 6 de junho de 2010

O melhor momento .

"Todos ja conseguem ver que é você. Por que tentaríamos esconder isso?
Quero amar-te sem barreiras nem medos. Apenas te amar.
Suportar contigo tudo o que vier,
Mostrar aos outros que nada pode nos vencer ...
Não quero mais esse amor fingido, entende?
(por um momento eu parei. respirei fundo, tentando raciocinar se eu estava a magoando..
Seus olhos com aquele brilho que sempre me conquistou, me olharam ..
Seus lábios que até então permaneciam juntos, soltaram um leve sorriso. Eu, fiquei esperando alguma reação dela...)
Olha .. também desejo isso. Mas será que o que construímos até agora foi um amor fingido? Acho que tenho medo. Sei que queres me amar sem impecílios, mas algo me traz insegurança.
Eu quero te amar. E quero que não soltes a minha mão. Não desista de mim. Acho que preciso respirar...
(Fiquei meio sem entender... será que eu a estava sufocando? Será que ela estava se sentindo presa? Não queria isso. Apenas queria que nos amássemos sem medo nem receio..)
É, acho que eu entendo. Saiba que te amarei eternamente. Mas.. Deixe-me respirar contigo..
(acho que agora ela estava pensando naquelas palavras...)
Verdade. Eu preciso de você. Te amo.
(Aquela tarde não poderia terminar melhor... Agora eu estava com a pessoa que realmente me completava.. )
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Mais um texto que pode estar no meu livro. Foi um momento de inspiração em que fiquei imaginando a história das duas pessoas que se amavam, e ao mesmo tempo eu pensava em alguém.. Que realmente me completava.

mauricio maia . Jovem Pensador Blog .

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A novela dos alienados ! Decadência .

O tempo vai passando, a sociedade mudando e as novelas sempre ditando os costumes. Desde o que vestir a como agir. Porém o mais fantástico é que muitas pessoas não percebem que estão sendo influenciadas, e negam que os seus "estilos de vida" estejam ligados a essas programações. Ainda negam!

É difícil pensar que das novelas podem ser retiradas muitas coisas boas. A maior parte, se não for toda, não presta. Fato. O problema é que isso, muitas vezes, trata-se de uma estratégia de ganhar audiência. E que estratégia! Aliás, são essas coisas que o público quer ver! Divórcio, traição, ganância, inveja, entre tantas outras coisas ... São esse valores que fazem uma novela hoje. Detalhe: Uma novela que queira o grande público.

É por isso que se deve pensar: são esses valores que a sociedade quer para si ? São essas coisas que realmente são necessárias para que se continue a vida ? Com certeza não.
A sociedade está alienada! Novelas ditando e as pessoas absorvendo .. Certamente, que decadência.

Ao parar o seu tempo para assistir a novela "sensação" , pense e reflita no que ela está te dizendo:

Abraço.
maurício maia.