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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ainda vivo.

Aqui estou eu, prazer, insônia. Ando a vagar por esse silêncio da madrugada, desvendando os mistérios das horas mais escuras e sombrias. Recompondo os meus sonhos, as minhas palavras,  minhas aspirações. Talvez pensando em um dia melhor, amanhã, ou quem sabe tendo a certeza. Não sei ao certo. Tudo o que faço é em curto espaço silencioso e enigmático. Cada palavra gerando energia para outras, e descarregando nelas o que ainda me resta de disposição.
Meus olhos insistem em permanecer abertos, e se eu os fecho eles continuam acordados. Não consigo vencê-los. Agora, o que me resta é contar os minutos... E eles passam lentos... Parecem não querer me deixar ir. Eles me protegem. E se eu for? Ah, como sentirei a falta deles! Quer saber? Não sei se realmente quero ir. Sei que amanhã posso encontrá-los novamente, mas e se... Tudo bem, chega de pensar nisso. Apenas esperarei que eles passem, e, finalmente, me deixem ir.. E enquanto isso, continuarei sendo um poeta no silêncio.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Tudo

Para tudo existe um propósito. Tudo. 
Até mesmo as perdas, as decepções, as tristezas, o sofrimento ... as lágrimas.
Uma razão move as situações pelas quais passamos, e mostra o quanto somos insignificantes e inúteis.
São coisas que, infelizmente, tiram a nossa visão e anulam os nossos sonhos. E eles desfalecem, atrofiam e perdem o sentido. 
A vida perde o sentido.
A vida nunca faz sentido.
A vida perde o porquê de existir.
A vida morre.
E então os nossos olhos enxergam a perfeição de cada detalhe, de cada escolha. Mais uma vez entendemos o que somos e o que devemos ser, e transformamos a nossa rota. 
A vida ressuscita. Nunca deveria ter partido. Nunca deveria ter abandonado. Desistido.
A vida ganha sentido.
A vida faz sentido.
A vida tem o porquê de existir.
A vida vive.

sábado, 1 de outubro de 2011

Uma tarde um tanto ímpar.

Hoje me deparei com um dos maiores, ou talvez o maior desafio que testou a minha qualidade como escritor. E quanto a isso creio ter algumas limitações. Mas nada disso me impede de continuar crescendo e provando para mim mesmo que sou capaz de muitas coisas.
E assim se deu o texto que tive que compor em um espaço de tempo de duas horas. Longo? Garanto a você que não. Um pouco curto, por sinal...  Sim, considero-me capaz de escrever nesse intervalo temporal, mas acabo me pressionando a deixar a minha criação em um estágio perto da perfeição. Não, não é prepotência. É um tipo de cobrança que faço a mim e a minhas escolhas de palavras.
Posso realmente afirmar que tentei ser o melhor possível. Mudei frases, troquei conjunções, fiz e refiz cada parágrafo... sem hesitar. Ao final, li tudo por mais uma vez, e acabei acreditando em um resultado satisfatório. Confesso que meu nível de nervosismo explodiu quando comecei a passar a limpo. O medo de errar era tão grande que tremi a mão algumas vezes... Sim, eu consegui me acalmar e concluir rapidamente.
Enfim, ao tomar o caminho de casa não consegui esquecer o meu texto. Fiquei pensando nas palavras, nas opções que não usei e que poderia ter usado, enfim... muita tensão! Mas depois de alguns minutos caminhando tranquilizei os meus pensamentos, afinal eu cheguei tão longe!
Estou feliz por tudo isso, muito mesmo! O final? Deus sabe o que faz. E independente de ser uma experiência bem sucedida ou não, estou satisfeito.
É, essa foi a minha tarde.